Após 4 longos dias de ausência(sim, eu sei, cada noite em que eu não escrevia vocês choravam e cortavam os pulsos), eis que volto, renovado como a Estação do Entroncamento, a este sublime blog.
Volto, pois, com uma teoria em homenagem ao malogrado xrofa(foi ele que teve a ideia, eu perpetuo-a) .
Para que todos percebam qual é o objecto a que me refiro neste post, faço aqui uma pequena nota introdutória em jeito de narrativa poética jornalística e, pormenor dos pormenores, redigida em itálico:
O sol queima minhas faces rosadas como um cubo de cartão queima um pau de giz. Uma leve brisa a sandes de torresmos preenche-me o espírito. Saio de casa.
Abro a porta do carro, um velho Renault 5 de 1986(ok, apanharam-me, ele não tem porta e nem sequer o vidro da frente fecha, o que me provoca constipações sempre que subo a Serra da Estrela com ele), e dirijo-me, a média velocidade, à bonita terra de Mira d’Aire, parando no Leclerc para comprar azeite.
Pelo caminho paro e observo a natureza, tão resplandecente de beleza, o verde dos campos a caminhar com o azul límpido do céu e o brilho intenso do sol…e depois acabo a mijinha e sigo viagem.
Chegado ao destino, contemplo a descida que me espera e lágrimas saltam-me do canto do olho esquerdo(na medida em que me enganei e trouxe, em vez de gotas para os olhos, gotas para o nariz que contêm sal, e isso causou-me, vá lá, perturbações).
Páro o belo veículo(ou melhor, ele é que decidiu parar… de facto é difícil sobreviver sem motor). Triunfalmente, entro num café e, entristecido, reparo que afinal estou em Minde e não em Mira d’Aire.
Chegado finalmente ao destino, e depois de ter sido atropelado por um cão e por um papa-reformas, subo Mira d’Aire e chego, finalmente, ao Café Alho(e isto é verdade. Existe MESMO um Café Alho nessa terriola).
Exausto e com o estômago a cantar “I Will Survive”, peço ao senhor do balcão um folhado misto.
Ingiro-o e, depois de muito pensar, chego á conclusão que aquele deve ter sido o primeiro folhado alguma vez criado, de tão velho e de tão bolorento que era.
Lambendo os beiços de delícia, procuro ALGO com que limpar minha bela face. E é então que me deparo com:
“Os Guardanapos semi-trasparentes dos cafés e afins que no fundo não limpam nada”
Lá está. Depois de tão longa narrativa, eis aquilo a que eu quero chegar.
E começo já com uma pergunta: Mas que raio de coisa é aquela, que em vez de limpar, limita-se a espalhar a gordura que apenas tínhamos concentrada nos rebordos da boca?
E mais… Sabem quando comem bolos com creme e GOSTARIAM de limpar as mãos? Aquela espécie de coiso limita-se a emporcalhar toda a mão e,se possível, o braço e a camisola que, por azar, estiver nele contida. E, qual conspiração, qual gozo da condição humana, enquanto mais guardanapos tiramos, mais bosteirosos ficamos, com os restos de comida como que a expandirem-se, ao ponto de termos de ir tomar um duche no lavatório do dito café.
Então digam lá que esta não é a pior invenção humana desde o Budismo(que tratarei em mais um post, não tão exaustivo como este).
A todas as pessoas que também odeiam estas malignas criações: lanço um repto… e o repto volta, porque tem a forma de uma boomerangue(por favor, não tentem entender esta piada. Amanhã, quando me estiverem a rachar a cabeça com uma sachola, lembrem-se que eu escrevi isto tudo com bastante sono). E a pensar no pénis deVespeziano, o Coloproctologista(esta é talvez a quarta vez que emprego o termo “pénis” neste blog em apenas um mês. Creio que se o empregar uma quinta vez, estarei a fazer uma revelação inequívoca da minha homossexualidade… Pénis).
Boa noite.
ahahaa. queriam.
Boa noite e um copo de ananás com arraiolos.
Olegário, o Operário