Monthly Archives: Junho 2010

Dissecando a piada – Bisturi. Estilete. Tesoura. Lapis nº3. Bisturi. Moto-Serra. Rato. Garrafa. Bolachas. Papel. Comando. Caneta. Telemóvel. Guitarra. Meias. Porra tenho de arrumar o quarto.

Boa noite ala C do bloco 2. – O senhor tirou o tiquê? Sim? Próstata é? Certíssimo; aguarde por favor.

Sou todo bom; Não querendo ser convencido; atentem como já empreguei 3 pontos e vírgula em menos de 20 palavras, se isto não é pura eloquência, então não sei. Temo que chegou a hora do blogue acabar.

Hehehe, ficaram logo todos com as antenitas no ar, não foi meus malandros? Estavam desertos! Mas isso é que era bom! Muahahahaha! (Isto foi um riso maléfico – para aquelas pessoas que lêem mesmo os muás, hás, hás, hás e só no final de lerem perceberam que se tratava de um riso pleno de malvadez)

Hoje armo-me em sôr doutor e partilho convosco pequenas “dissecações” a piadas, mas como já é tardote, faço só uma que isto de dissecar já teve melhores dias… é que um morto não é uma pessoa normal, um morto não tem higiene nenhuma, nem um banhinho diário, nem um cheira-bem, nem sequer se digna a mudar de roupa, é um cheiro nauseabundo e depois, claro, o pior de tudo, está-me ali na cave a ocupar espaço! Eu que queria fazer uma garrafeira toda xpto, já não posso, para além disso aquilo atrai a bicharada toda e à noite não posso dormir que é só crááá, crááá, crááá dos sacanas dos corvos e das motas que andam aqui a uma velocidade maluca e qualquer dia acabam ali como o Esteves, é ou não é Esteves? – … – Pois, é que nem dá para fazer companhia este rapaz. Querem um conselho? Não partilhem uma casa com este tipo de gente, é hediondo.

«Falar de humor não tem piada nenhuma» – A Ex-Josefa a Curandeira, agora Lucas, a Boga disse que o Ricardo Araújo Pereira disse isto. Não acreditem, já ninguém cai no diz-que-disse. No entanto, esta frase, seja quem for o seu autor original ou seja ela uma frase ou não, faz todo o sentido.

DISCLAIMER: (Vamos entrar numa zona de conversa séria. Leitores saiam ordenadamente de modo a que os senhores de jaquetas com remendos nos cotovelos que urgem para entrar possam fazê-lo de modo ordeiro.) – Claimer!

HEIN? DISCLAIMER? DIZ, CLAIMER! AHHH!: Vou agora dar um exemplo de uma piada – sugiro que leiam qualquer coisa daquela teoria daquele senhor que andava a estudar tartarugas nas Galápagos, não vá eu estar a chamar mentecapto a alguém e esse alguém ficar ofendido.

Eia aquilo era mesmo nojento, parecia que deitava manteiga pasteurizada, ou catano!

É-nos imediatamente projectada para a mente esta imagem um pouco infeliz e nojenta, imaginamos (por exemplo) uma cavidade que expeça uma espéce de pus… Ah, já tinham essa imagem na cabeça era? Melhor. Continuando, qual é a parte que “não está certa”? Será o pasteurizada, pois muita gente não sabe sequer o que é a pasteurização, na verdade eu também não, mas se me falam em pasteurização eu penso em lacticinios, logo (e é aqui que eu quero chegar) eu não imaginaria uma coisa assim tão nojenta.

Ou seja, se a frase se resumisse a Eia aquilo era mesmo nojento, parecia que deitava manteiga, ou catano! , não deixava de ser nojento, mas todos conseguimos imaginar manteiga meio liquefeita, nem que seja duma boa torradinha quentinha, logo não é tão badalhoco como acrescentar pasteurizada. Para melhores efeitos, acrescentar a palavra “toda” antes do adjectivo “pasteurizada”. – (Eia aquilo era mesmo nojento, parecia que deitava manteiga toda pasteurizada, ou catano!) – Se isto não fazia sentido antes, agora, ainda menos faz. Mas e obviamente isto só funcionaria se o ouvinte da piada não soubesse o que significava pasteurizada.

Resumindo, uma palavra estranha (pasteurizada) que nada adianta para a piada/história engraçada contada, pode ser uma maneira de dar ênfase, neste caso, à badolhoqueira e esterquice.

– Huh… Pasteurizada?
– Sim, mesmo toda pasteurizada! Havias de ter visto!
– Eish, ca nojooo…
– Podes crer… E depois aquilo começou a expelir umas cenas que pareciam gelatina cheia de corantes…
– Eia meu tá calado… Cheia de corantes? Yuck! Que nojoooo!

Como podem ver, se andarmos para aqui a esmiuçar estas graçolas da treta deixamos de achar piada, ou não, mas isso é Anti-Humor, o que também é muito bom. Racionalizar o humor é fixe. Espero que a partir de agora deixem mesmo de achar graça a este blogue. …



A sério, não vale a pena! Vou acabar isto por aq